22 de mai. de 2009

MARCHA PELA EDUCAÇÃO REUNIU DUAS MIL PESSOAS

O reajuste do vencimento base para R$ 465,00, já passa a vigorar a partir deste mês, mas sem ser de forma retroativa

Trabalhadores e trabalhadoras em greve desde o dia 06 de maio participaram na manhã desta quinta-feira (21), da grande marcha pela educação que reuniu duas mil pessoas e seguiu pela Avenida Augusto Montenegro em direção a Seduc. Na secretaria, os representantes do Sintepp, mais uma comissão de servidores concursados e representantes dos estudantes, foram recebidos em audiência pela secretária estadual de educação, Iracy Gallo, a secretária adjunta de ensino, Socorro Brasil, o representante da Casa Civil, Jorge Panzera, e parlamentares.
Mais uma vez o Sintepp apresentou a pauta de reivindicações protocoladas desde fevereiro de 2009, porém, o Governo do Estado insistiu em sua proposta de elevar o vencimento base de todos os níveis para R$ 465,00, o que não representa ganho real para a categoria. Por outro lado, o governo se mostrou disposto a discutir de que forma poderá ser feita a aplicação dos recursos do Fundeb e afirma que não serão descontados dos salários os dias parados se houver reposição das aulas. Conceição Holanda, coordenadora geral do Sinrepp, afirmou que este é um compromisso assumido há muito pelos servidores em educação e o calendário de aulas será mantido.
“No entanto, o Governo Ana Júlia quer deixar os nossos salários bem abaixo do que é estipulado pela Lei do Piso Salarial Profissional Nacional, que determina que o salário para o servidor público de nível médio passe para R$ 566,00 desde janeiro deste ano. E também suspendeu o debate sobre o PCCR e a municipalização alegando impedimento em razão da greve”, declara Conceição Holanda.
Iracy Gallo informou ainda que o reajuste do vencimento base para R$ 465,00, já passa a vigorar a partir deste mês, mas sem ser de forma retroativa a fevereiro como queria a categoria. “Mesmo eles tendo reconhecido que este não é o salário ideal para o servidor e que muitas escolas se encontram em situação delicada, nós não iremos acatar esta proposta e a greve deve continuar por tempo indeterminado. Fora que das 1.127 escolas com necessidades de reparos físicos urgentes, apenas 400 devem ser reformadas pela Seduc. Além de reajuste salarial, queremos condições dignas para trabalhar e que os alunos tenham um espaço adequado para estudar”, garante.
Ao final da reunião, os representantes do Sintepp repassaram os informes para a categoria que, demonstrando insatisfação com proposta do Governo do Estado e a não aprovação da pauta de reivindicações, ocupou por dez minutos a Avenida Augusto Montenegro.
Hoje, sexta-feira, dia 22 de maio, o sindicato realiza uma assembléia geral com os servidores em educação para discutir a proposta governamental e a continuidade da greve. A reunião será às 09 horas da manhã, no campus da UEPA da Avenida Almirante Barroso.

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