"Um dia os homens olharão para trás e dirão que dei à luz o século XX". (Jack, o estripador)
Considerado o mais famoso crime perfeito da história. |
Jack, o Estripador pode não ter sido o primeiro assassino psicopata da história, mas sem dúvida é o mais famoso. Sua “obra” e o fato de sua identidade nunca ter sido descoberta originaram livros, filmes, documentários e quadrinhos. Seu nome foi tirado de uma carta, enviada à Agência Central de Notícias de Londres por alguém que se dizia o criminoso.
Suas vítimas sempre eram mulheres que ganhavam a vida como prostitutas. Os jornais, deram ampla cobertura ao caso, por causa da natureza selvagem dos crimes e ao fracasso da polícia em efetuar a captura do assassino.
Devido ao mistério em torno de Jack nunca ter sido desvendado, as lendas envolvendo seus crimes tornaram-se um emaranhado complexo de pesquisas históricas, teorias conspiratórias e folclores duvidosos. Diversos autores, historiadores e detetives amadores apresentaram hipóteses acerca da identidade do assassino e de suas vítimas.
Na época levantou-se a suspeita de que a polícia estaria ocultando informações para proteger o criminoso, que seria alguém da alta sociedade ou até mesmo um integrante da família real. Testes de DNA realizados nas cartas supostamente enviadas por Jack levantaram a hipótese de que o pintor britânico Walter Sickert as teria escrito, sendo o verdadeiro assassino. Mas o argumento foi considerado inconclusivo por historiadores.
Os seus assassinatos brutais permanecem desconcertantes, fascinantes e insolúveis, um século depois de serem cometidos. "Jack, o Estripador", iniciou o seu reinado de terror no ano de 1888 e com ele veio o receio e o pânico.
Vítimas
As mortes tinham características em comum: todas as vítimas estavam bêbadas ou haviam bebido, eram prostitutas e tinham o ventre dilacerado e os órgãos estripados. Teorias sugerem que, para não provocar barulho, as vítimas eram primeiro estranguladas, o que talvez explique a falta de sangue nos locais dos crimes. A remoção de órgãos internos de três vítimas levou oficiais da época a acreditarem que o assassino possuía conhecimentos anatômicos ou cirurgícos.
Não é certo o número de mulheres assassinadas pelo Estripador. O número mais aceito é o de cinco vítimas, mas há versões que apontam de quatro a sete mortes
Uma de suas vítimas (Clique por sua conta e risco)
1ª - O primeiro crime atribuído a ele ocorreu no dia 31 de agosto de 1888, na viela Buck’s Row. O Estripador agarrou-a por trás e tapou-lhe a boca com a mão, tendo, depois, lhe cortado a garganta. Um homem a caminho do trabalho encontrou o corpo de Mary Anne Nichols, conhecida como Polly, na calçada. A garganta estava cortada de uma orelha a outra, e a lâmina penetrou até a coluna vertebral. O crime foi atribuído a uma gangue de exploradores de prostitutas.
2ª - O segundo assassinato ocorreu em 8 de setembro do mesmo ano. O corpo de Annie Chapman foi encontrado por um morador de uma pensão, a cinco metros de Buck's Row. A cabeça estava praticamente separada do corpo e seus anéis e dinheiro estavam intactos e colocados ordenadamente junto aos restos mortais do cadáver. Correu o boato que o criminoso trazia as suas facas numa pequena mala preta o que originou uma autêntica perseguição a quem transportava malas desse tipo. A policia prendeu dezenas de suspeitos inocentes, mas o Estripador não deixara qualquer pista. A investigação policial não chegou a nenhuma pista importante, exceto a de que o punhal usado no crime correspondia ao do assassinato de Polly Nichols. A lâmina media entre 15 e 25 cm e tinha 2,5 cm de largura. O relatório concluiu, pelas características dos crimes, que o assassino possuía conhecimentos de anatomia e que o criminoso era canhoto. Um cirurgião da policia declarou que os crimes tinham sido efetuados com destreza e bastante perícia.
3ª - Em 30 de setembro, Estripador esfaqueou mais duas mulheres e deixou o que constituí provavelmente a única pista da sua sinistra carreira. Por detrás do nº 40 de Berner Street foi encontrada Elizabeth Stride com a garganta aberta e jorrando sangue. Outra morte foi cometida naquela mesma noite.
4ª - O cadáver de Catherine Eddowes foi encontrado e jazia alguns minutos daquele local, o mais mutilado de todos. O rasto de sangue estendia-se desde o corpo que se encontrava virado de costas, quase irreconhecível com a garganta cortada e um outro corte seguido do reto ao esterno sem uma parte da orelha direita além disso a extremidade do nariz também havia sido cortada, até à porta onde alguém escrevera a giz " Os judeus não são culpados de nada". Seria o Estripador um judeu que se vingava de um mundo que o perseguia? Ou tratava-se de um juiz enlouquecido que se tornara o seu próprio carrasco? A mensagem, fosse qual fosse o seu significado, poderia ter sido vital. Mas nunca foi devidamente estudada, pois, misteriosa e inexplicavelmente, o chefe da policia, Sir Charles Warren, ordenou que fosse apagada.
5ª - No dia 9 de Novembro o assassino volta a atacar, um cobrador de aluguel bate à porta de uma das pensões em que tinha inquilinos. Na ausência de respostas, olha pelo vidro da janela e avista um corpo na cama e uma poça de sangue no chão. A vítima é uma jovem de 25 anos chamada Mary Kelly e seu corpo foi encontrado, desmembrado, no seu quarto. A cabeça estava praticamente separada do resto do corpo e o rosto, irreconhecível. Mary foi pelo que se julga, a última vitima do Estripador, que não voltou a repetir os seus crimes.
Locais dos crimes |
A Carta
Em Abril de 2001, a Grã-Bretanha revela uma carta que estava esquecida nos arquivos da Scotland Yard. Estava datada de 28 de outubro de 1888, no auge da fama do assassino e foi endereçada a Thomas Horrocks Openshaw, médico legista do Museu de Patologia do Hospital de Whitechapel. Não por coincidência, Openshaw foi o encarregado de examinar o cadáver de Catherine Eddwes, uma das vítimas do estripador. Na carta o autor lamenta ter sido atrapalhado pela polícia momentos antes de um novo crime, e promete atacar novamente. As autoridades consideram a carta um dos maiores indícios da existência de Jack.
Sua carta dizia o seguinte: "Velho chefe, iria mandar um rim esquerdo para o seu hospital, após cravar meu punhal na sua garganta (da vítima). Mas a maldita polícia chegou e estragou tudo...", relatou o criminoso, para em seguida sair com uma tirada irônica: "Você já viu o diabo em seu microscópio, quando coloca um rim na lente?"
"Jack" terminou a carta com a seguinte ameaça:
"Acredito que logo voltarei ao trabalho e lhe enviarei um pouco mais de tripas."
Uma das cartas de Jack o Estripador |
Teorias
Novas teorias sobre Jack aparecem a todo momento, a última delas pertence a Andrew Cook, um historiador britânico que diz que na verdade tudo não passou de uma invenção para vender mais jornais. No livro "Jack, o Estripador: Caso Encerrado” Cook afirma que Jack é um personagem de ficção inventado pelos jornalistas e que os crimes de 1888, foram obra de diferentes homens, sem nenhuma ligação entre eles. O foco principal do livro é o jornal "The Star", lançado pouco antes de os assassinatos começarem e que foi o primeiro a sugerir um "serial killer". Coincidência ou não, o "Star" viu sua circulação aumentar em 232 mil exemplares durante o período em que noticiou com exaustão os crimes atribuídos a Jack.
Porém "Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes..."
Fonte : Mundo estranho
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